A jornalista Raquel Gonçalves não hesita em afirmar que só na Madeira encontra uma “certa ideia de paraíso”, aguçada pela probabilidade de poder encontrar-se, em apenas um dia, com a chuva, com o sol e com as estrelas, para não falar de “lugares quase intactos”, como a Floresta Laurissilva. Atualmente a desempenhar funções de assessora de comunicação na Câmara Municipal de Santa Cruz (zona leste da ilha), Raquel Gonçalves vive, no entanto, entre Coimbra, Lisboa e Funchal, cidade onde nasceu há 46 anos. Ao apresentar Madeira a quem não a conhece, costuma salientar que é a segunda melhor ilha do mundo. “O segundo lugar é apenas pela necessidade de deixar sempre as expectativas em aberto”, explica Raquel Gonçalves, que por esta altura anda empenhada em concluir o doutoramento em Materialidade da Literatura na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
Quais os concelhos que o visitante não pode deixar de conhecer na Madeira?
O Funchal, porque nenhuma cidade se estende de forma tão intensamente única pelo mar e pela encosta, e o Porto Moniz porque é a outra face da ilha, onde, como diria Herberto Hélder, a água cai em cordões verticais.
Lugares que não podemos deixar de visitar?
Um museu /centro cultural: Mudas.
Um monumento: A Igreja do Colégio, com subida à torre para ver de cima a praça mais bonita da cidade.
Um ponto de interesse na natureza: Caldeirão Verde (no concelho de Santana, no norte da ilha).
Uma levada: Levada das 25 Fontes.
Uma praia /complexo balnear: O acesso ao mar junto ao Museu da Baleia, no Caniçal. Nem praia, nem complexo balnear: apenas uma água profundamente azul com montanhas ao fundo.
As melhores atividades de lazer outdoor?
No mar: Mergulho na Reserva Natural do Garajau.
Em terra: Fazer o percurso da vereda da Ponta de São Lourenço até ao Cais do Sardinha.
Outras: Escolher uma localidade distante e passar o dia a medir o pulso aos dias que se alongam rebeldes aos relógios (ainda há locais assim na Madeira).
Os melhores restaurantes na Madeira?
De cozinha de autor: Il Gallo d’Oro.
Luxo: Casa Velha do Palheiro.
Clássicos / Com estilo: Restaurante do Forte.
De cozinha regional: O Lagar.
De peixe e marisco: Vila do Peixe.
De cozinha do mundo: Kyoto na Ilha, Riso.
Para petiscar: Paladares.
Para lanchar: Chá no Reid’s.
As paragens obrigatórias na noite?
Cafés e bares: Café do Teatro, Ritz.
Discotecas e clubes: As incontornáveis Vespas.
Bares de música ao vivo: Scat.
As melhores moradas para fazer compras?
Lojas de produtos portugueses: Gaudeamus, Armazém do Mercado.
Gourmet / garrafeiras: Adegas Blandy
Outras: Mercado dos Lavradores.