É comum hoje encontrar vinhos de mesa madeirenses nas mesas dos restaurantes da ilha mas o fenómeno é recente. Tal como a validade da produção.
Quinta do Barbusano, Ponta do Tristão ou Terras do Avô, com variantes branco, tinto e rosé, nascem a partir de vinhas em São Vicente, Seixal e Porto Moniz. São apenas alguns nomes entre as cerca de 20 marcas de vinho de mesa da responsabilidade de 15 produtores que de há pouco mais de 10 anos se têm feito notar. A lista de castas é longa, mas os tintos da Madeira permanecem fiéis ao Cabernet Sauvignon, Tinta Negra, Merlot, Aragonez e Touriga Nacional enquanto os brancos nascem quase exclusivamente da Arnsburger e do Verdelho.
O Governo Regional tratou de apoiar os produtores de vinho de mesa, donos de explorações geralmente muito pequenas, criando e equipando a Adega de São Vicente. Ali se armazenam em barrica ou caixa de estágio o grosso da produção que há alguns anos deixou de ser exclusivamente consumida na Madeira, mesmo que poucas garrafas cheguem ao continente. Quase todos frutados, as cores do claro cristalino ao dourado escuro, do tinto em tom framboesa ao sólido e encorpado vermelho, os brancos, rosés e tintos que chegam à mesa do arquipélago cumprem o seu destino nos favores do clima e nos desvios do terreno, seguindo as ordens do oceano, tropicais, secos ou com a devida acidez. E recomendam-se.