SEIXAL: UM CONCELHO COM UM CHARME APURADO

A PERSPETIVA AÉREA DO CONCELHO PODERIA ORIGINAR UMA REPRESENTAÇÃO ROMÂNTICA DAQUELE QUE É, ATUALMENTE, UM DOS TERRITÓRIOS COM UM DESENVOLVIMENTO MAIS CÉLERE E COSMOPOLITA DA PENÍNSULA DE SETÚBAL. IMAGINAMO-LO DENTRO DE UMA CONCHA, ABRAÇADA PELO RIO TEJO, A ENVOLVER A TÃO PRESTIGIADA BAÍA DO SEIXAL E A UNIR AS FREGUESIAS DE ALDEIA DE PAIO PIRES, AMORA, ARRENTELA, CORROIOS, FERNÃO FERRO E SEIXAL.

Esta analogia não é ingénua. Numa extensão de quase 500 hectares, em torno da qual está a acontecer a verdadeira renovação do município, é fácil imaginar porque é que o seu crescimento aconteceu sempre à volta da baía.

É que ainda hoje, e mesmo com o desenvolvimento de outras atividades comerciais, contemplamos, a cada passo, a íntima ligação ao rio. Outrora, terra de pescadores – que ajudaram a criar um setor de riqueza na região – estes continuam a ser observados no seu labor diário, à distância de uma esplanada à beira-rio, da promenade ou de pequenos jardins.

O principal recurso natural do concelho, que ocupa a quase totalidade de Reserva Ecológica Nacional que lhe pertence, é um dos grandes responsáveis pelo aumento exponencial de turismo, registado nos últimos dois anos.

A proximidade a Lisboa (via ferroviária, fluvial ou viária), tem motivado o investimento externo, mas atualmente o município já se faz valer pelo seu próprio encanto, estando cada vez mais independente da capital, quer económica, quer culturalmente.

O Seixal já não vive na sombra da capital: apurou-se-lhe o charme. A par da valorização do que lhe é clássico – através de investimento na náutica de recreio e no património histórico e cultural, por parte da Câmara Municipal – a cidade recebe outros estímulos, ora de empresas que apostam em unidades hoteleiras, ora das suas gentes, que voltaram a acreditar no potencial da sua terra plantada à beira-rio, cuja luz presenteia todos os que a visitam.

Os foodies são, talvez, os maiores privilegiados, principalmente se explorarem o encanto do núcleo urbano antigo do Seixal, que se renova a cada dia, sem perder a graciosidade da paisagem e arquitetura tradicionais. A oferta gastronómica sublima-se, numa mescla harmoniosa e cheia de estilo.

Entusiasma todos os gostos, desde os mais simples e convencionais – como os que apreciam um bom peixe grelhado ou o bacalhau – aos mais elaborados e surpreendentes – já ninguém quer perder os atraentes restaurantes de inspiração internacional, seja pela famosa street food do mundo inteiro ou pela cozinha de autor.

Um glamour que surge sem se afastar da sua identidade original e que coloca o Seixal na rota turística de portugueses e estrangeiros que apreciam a sofisticação, sem abdicar de paz e tranquilidade.

Sem se sobrepor ao formoso rio – no qual pode dar um passeio a bordo do varino Amoroso, a maior embarcação tradicional a navegar no Tejo –, é também pelo seu património histórico-cultural com características únicas no país que fazemos o convite.

Deixe-se seduzir pela herança senhorial – a Quinta da Fidalga é o lugar que não pode perder –, ou através de um espólio museológico riquíssimo, do qual se destaca o legado deixado pela cortiça. De resto, a influência da fábrica corticeira Mundet – no sector socioeconómico – é famosíssima, e tem sido aproveitada, não só em benefício do crescimento da cidade, como um elemento diferenciador de uma identidade singular. Foi, aliás, neste complexo, que a Mundet Factory fez magia pela cidade.

O restaurante de cozinha internacional, e cujo conceito é a partilha, foi o primeiro spot verdadeiramente charmoso e diferenciador, colocando o Seixal na rota lifestyle da Margem Sul. A aposta mais recente é o Parque Urbano que, por estar numa colina, é uma verdadeira janela para Lisboa. Já no futuro está previsto um hotel que promete revolucionar o paradigma do turismo em todo o distrito (2021).

Se for apreciador de jazz, talvez queira fazer a visita ao concelho na altura do Festival Internacional SeixalJazz, por onde passam, todos os anos, alguns dos nomes mais reconhecidos a nível mundial e que esgotam o Fórum Cultural do Seixal. Dirige-se a um público que vem à procura de contemplação, uma arte que parece não se esgotar neste destino, principalmente se nos deixarmos levar pelo seu ritmo característico, que naturalmente desacelera a cadência dos nossos passos.

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