A BELEZA NATURAL DE VILA VERDE É FIELMENTE TRADUZIDA NO SEU NOME. MAS O SEU INTERESSE RESIDE AINDA NO PATRIMÓNIO ARQUEOLÓGICO, ARQUITETÓNICO E ETNOLÓGICO DAS ALDEIAS MAIS SERRANAS.
O concelho de Vila Verde está localizado no Norte de Portugal, distrito de Braga, coração do Minho, região delimitada pela Galiza, montanhas da Serra do Gerês e Costa Marítima. A riqueza da sua ocupação humana faz-nos recuar aos corredores do tempo, representados no seu património arqueológico, arquitetónico e etnológico das aldeias mais serranas, sendo vários os legados em todo o seu território, desde a pré-história até à época romana, constituindo-se numa marca indelével da nossa História.
No património arquitetónico destaca-se a monumentalidade dos templos, locais de arte, espiritualidade, bem estar, onde o silêncio é infindável e as cerimónias e rituais transportam a alegria, as cores e a magia das suas gentes. De visita obrigatória são os Santuários de Nossa Senhora do Alívio e do Bom Despacho, este último com fachada tipicamente minhota. Ou as Igrejas de Coucieiro e a Igreja Matriz do Pico de Regalados, a primeira românica e a segunda barroca.
Aqui, o património natural manifesta-se num conjunto de paisagens onde se conciliam magistralmente o murmúrio do fluir das águas com o verde da vegetação, uma patente idílica presente nas praias fluviais e nas margens ribeirinhas dos rios Cávado, Homem e Neiva, cenários de pura natureza. Aos visitantes que procuram as atividades outdoor importa realçar as excelentes condições dos rios Cávado e Homem para a prática de canoagem e pesca desportiva, entre outras atividades náuticas.
Mas Vila Verde também se assume como palco de eventos emblemáticos, de feiras, de romarias e de valores artesanais que têm como expoente máximo os Lenços de Namorados, os quais retratam sentimentos de amor bordados sobre tecido de linho, encontros sublimes e apaixonantes, que perduram no tempo. Os Lenços de Namorados são, há muito, um dos símbolos do artesanato nacional e ícone identitário do território e de uma marca (Namorar Portugal) que promove a partilha e conhecimento desta herança cultural, através da moda e do design (Gala Namorar Portugal), da programação turístico-cultural “Fevereiro, Mês do Romance”, assim como de um universo variado de produtos que primam pela criatividade e inovação. Demarcam-se ainda na agenda de Vila Verde, entre outras, as Festas Concelhias em honra de Santo António e a Festa das Colheitas.
É claro que tudo isto é muito mais convidativo quando pensamos na boa receção minhota, que nos acolhe num abraço. Os empreendimentos de turismo em espaço rural de Vila Verde são uma excelente oportunidade para o visitante se deixar seduzir por espaços que privilegiam o acolhimento familiar, a beleza da paisagem envolvente, os produtos da terra e as tradições locais, proporcionando experiências irrepetíveis.
Não menos importantes são os legados gastronómicos marcados pelas raízes do Minho, pela diversidade e riqueza culturais, que se refletem em sabores e paladares únicos, e que surpreendem pela sua autenticidade e suculência. Rojões à moda do Minho, papas de sarrabulho, arroz de “pica no chão à moda de Vila Verde” são só algumas das receitas que chegam até esta boa mesa.
A tudo isto, juntam-se o aroma e a frescura do vinho verde da região e os segredos bem guardados de uma pastelaria tradicional rica e diversificada, da qual se destaca o pudim Abade de Priscos, do conhecido “Papa dos cozinheiros” – “Abade de Priscos”, natural da freguesia de Turiz.
Está assim lançado o cardápio para conhecer e visitar Vila Verde, com os seus 1001 encantos para descobrir.