HUGO NÓBREGA, AGENTE E PRODUTOR DE ESPETÁCULOS


Lisboa está a crescer artisticamente. E está no bom caminho (no que ao humor diz respeito). Mas somos ainda muito complicados, precisamos de não nos levarmos tão a sério.

Aos 38 anos, Hugo Nóbrega tem um currículo recheado, onde cabem mais papéis do que o de produtor de espetáculos. O responsável por oferecer ao público português momentos como o festival de storytelling Grant’s Stand Together, espetáculos do comediante britânico Eddie Izzard ou do grupo brasileiro Porta dos Fundos resume por isso, e com toda a propriedade, a sua atividade a Phenomena Maker. Agente de humoristas de topo como César Mourão ou os Commedia a la Carte, Hugo Nóbrega empenha-se em oferecer-nos gargalhadas. ” Alguns estudos mostram que o humor é, a seguir à música, a área preferida dos portugueses no que toca a consumo de espetáculos”, explica. E Lisboa? Precisará de rir mais? Hugo Nóbrega acha que está no bom caminho, a recuperar de um período mais pessimista e sisudo. “Lisboa está a crescer artisticamente e isso é fundamental. Adoro e vivo diariamente esta cidade de forma intensa”. E elege os pontos quentes desta “explosão” de atividade cultural: “neste momento, Marvila é para mim onde as coisas estão a acontecer.  Mas claro, o Príncipe Real, o Chiado e a Lx Factory são também fundamentais”. A partir daqui, pedimos-lhe que nos guiasse por todos os outros lugares de eleição na cidade. Acompanhem-nos, que a viagem vai valer a pena.

Lugares que não podemos deixar de visitar?

Um monumento: Mosteiro dos Jerónimos.

Um museu /espaço cultural: Gulbenkian.

Um jardim: o do Museu da Cidade ou o do Museu Nacional de Arte Antiga.

Uma vista da cidade: Miradouro da Graça, The Insólito ou Memmo Alfama.

Os melhores hotéis? Valverde Hotel, mas existem outros projetos fantásticos que não estou a nomear.

Os melhores restaurantes?

De cozinha de autor: 100 Maneiras Bistrô  do Ljubomir Stanisic, Beco – Cabaret Gourmet do José Avillez e Loco do Alexandre Silva.

De cozinha portuguesa: Solar dos Nunes.

De peixe e marisco: Sea Me, Marisqueira do Ibo e Ramiro, claro.

De cozinha do mundo: O Asiático, do chef Kiko, ou o novo supper club Ajitama de Ramen.

Para petiscar: Casa de Pasto, Rio Maravilha ou El Clandestino.

Para comer a “bom preço”: Tasquinha do Lagarto… sou Benfiquista (risos).

Para comer fora de horas: Mini Bar, sem dúvida, ou Café do Paço no Campo Mártires da Pátria.

Para apreciar a vista: The Insólito.

Os melhores cafés: Café com Calma, em Marvila, e Café da Fábrica, na Lx Factory.

As paragens obrigatórias na noite?

Gosto de ir a festas que só acontecem naquele dia, mais do que ter locais habituais. Mas, a ter de escolher, será:

Bares:  Durante a semana, quando recebo amigos de fora, vou à Pensão Amor, no Cais do Sodré. Mesmo cheio de turistas, é um espaço que funciona bem. Passo pelo O Bom o Mau e o Vilão, e finalizo no Lounge ou no Rive Rouge. No intendente, gosto da Casa Independente e das festas das sociedades. E na Graça, passo no Damas. Numa noite mais calma o Café Tati é excelente.

Discotecas: O Lux é só uma das melhores do mundo! Só o Berghaim, em Berlim, me fez sentir algo ao nível deste maravilhoso clube.

Esplanadas: Infelizmente tenho pouco tempo para curtir as esplanadas, mas elejo o Park e o Chapitô.

As melhores lojas para fazer compras?

Moda: Slou no Chiado, Espaço B no Príncipe Real, Fashion Clinic na Avenida  e The Feeting Room.

Lojas de produtos portugueses: Cais Pimenta Rosa e A Vida Portuguesa.

Gourmet / garrafeiras: Deli delux.

Outras: Galeria Francisco Fino e toda a rua Capitão Leitão é imperdível!

Complete as seguintes frases:

Só em Lisboa encontro… um ambiente tão familiar, esta escala tão perfeita, nem grande nem pequena demais.

Um dia perfeito em Lisboa é assim… produzir uma festa arrebatadora num novo local, ainda desconhecido. A última que fiz foi na Rua das Flores, um casamento fake para a Hendrick´s que vai deixar memórias para sempre!

Não podemos ir embora de Lisboa sem… provar o niguiri de sardinha do Sea Me, um cocktail ao fim do dia no 100 Maneiras ou no Park, um pastel de nata na Manteigaria… tudo isto a 10 minutos de distância a pé…e mais 5 minutos e já estamos no Cais Sodré. Aconselhável será fazer este percurso a um dia de semana, sem gente a mais.

 

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