Nuno Galopim, jornalista e escritor


Lisboa é luminosa, soalheira, de bons ares, boa para treinar os músculos das pernas no sobe e desce das colinas…

Lisboeta de nascença, jornalista há quase três décadas, a escrita é parte essencial da sua vida. Um dia perfeito significa acordar cedo para escrever, seguido de leituras ao fim da manhã e mais escrita à tarde. Após estudar Geologia, a música atraiu-o para a rádio e para o jornalismo. Atualmente pode ser lido no Expresso ou na Blitz, bem como nos seus blogues Sound + Vision e Máquina de Escrever. Além de escrever e falar sobre música, já ajudou a fazê-la também (trabalhou, por exemplo, no projeto Humanos). Recentemente, estreou-se na escrita de ficção, com “Os Últimos Dias do Rei”, sobre D.Manuel II, que acaba de ser publicado. A paixão pela história e cultura é uma constante, como demonstram a recomendação do Palácio Nacional da Ajuda como visita imperdível em Lisboa, ou os seus omnívoros apetites culturais, que sacia em lojas como a Louie Louie ou a BD Mania.

 

Como apresenta a cidade a quem não a conhece?

Luminosa, soalheira, de bons ares, boa para treinar os músculos das pernas no sobe e desce das colinas… Permite fazer viagens no tempo em séculos de História e nas geografias através dos sabores. E ganhava muito se os lisboetas não sujassem tanto o seu chão.

Quais os bairros que o visitante não pode deixar de conhecer?

Depende dos gostos e interesses de cada um. Dos “postais” de Belém e de Alfama às visões renovada de arquitetura e urbanismo a Oriente, passando pelo eixo Príncipe Real/Chiado, há de tudo para todos.

Não podemos ir embora de Lisboa sem … reparar que há por aqui sabores e cores que traduzem muitos anos de histórias e diálogos (entre povos e regiões de onde foram chegando ou que fomos visitando).

Lugares que não podemos deixar de visitar:

Um monumento: o Palácio Nacional da Ajuda. E o Palácio das Necessidades, que só abre em ocasiões especiais, merece também uma visita.

Um museu: o Museu Nacional de Arte Antiga, cada vez mais dinâmico. Os auditórios da Fundação Gulbenkian para ouvir o que as temporadas de música nos vão dando a escutar.

Um jardim: o da Fundação Gulbenkian. O Botânico. E, claro (e sempre) o do Príncipe Real.

Uma vista: do Miradouro da Boca do Vento, em Almada, perto da Casa da Cerca, tem-se uma bela vista de Lisboa.

Os melhores hotéis: não imagino… costumo dormir em casa.

Os melhores restaurantes?

De cozinha de autor: em casa dos meus pais, mas não é restaurante, oops…

De cozinha portuguesa: Adega D. Luís (na zona do Príncipe Real).

De peixe e marisco: Aldeia do Meco e Sesimbra, quando essa é a ementa desejada…não é longe!

De cozinha do mundo: Pizzas pode ser? A ZeroZero, na Rua da Escola Politécnica. Bela esplanada!

Para petiscar: Por casa…

Para comer a “bom preço”: Já falei na Adega D. Luís, certo?

Para comer fora de horas: o Outro Tempo Bar ou o Café de São Bento. E há os pregos do Foxtrot.

Para apreciar a vista: ia muitas vezes ao Piazza di Mare, em Belém, junto ao rio, mas ainda não procurei outras vistas desde que fechou.

Os melhores cafés e gelatarias: os gelados da Nannarella.

As paragens obrigatórias na noite?

Bares: Não consumo lá muito… Mas o Titanic sur Mer vai sendo a visita mais frequente por estes dias…ou noites.

Discotecas: Incógnito.

Esplanadas: A do Quiosque de Refresco no Príncipe Real.

As melhores moradas para fazer compras?

Moda: estou à espera que a Uniqlo abra loja em Lisboa

Lojas de produtos portugueses: as mercearias do bairro. Os espinafres, os pimentos, os coentros, certamente não são de importação.

Gourmet/Garrafeiras: O El Corte Inglés tem boa oferta. E bom atendimento. E isso conta!

Outras: Sou mais de livros e discos do que quaisquer outros consumos. E da Louie Louie, Discoleção e Twice às livrarias onde se encontra mais do que a oferta que saiu nos últimos três meses, faço paragem frequente. E a BD Mania para as leituras mais aos quadradinhos.

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