Nuno Saraiva, Ilustrador e Autor de BD


Lisboa nasceu multicultural e assim continua. Não é bem Espanha nem África, é uma charmosa mistura.

É o autor de “Filosofia de Ponta”, “Guarda Abília”, “Zé Inocêncio”, “Tudo Isto é Fado” mas,  entre muitas outras, a sua obra-maior é a Violeta, a filha, que “ofusca qualquer outra realização pessoal”. O reconhecido autor de banda desenhada, também ilustrador de traço único e professor em duas escolas de arte, oferece ainda o seu tempo à causa da renovação da Mouraria, bairro que convida a visitar porque “nele habita o Mundo”.

Nasceu em Lisboa? Em que bairro? Podia ter nascido em Almada ou na Alfredo da Costa, mas a minha família paterna era sócia fundadora dos Socorro Mútuos e assim fui nascer na clínica de São Cristóvão, Mouraria.

Onde vive atualmente? No centro da Baixa Pombalina, mas divido o tempo entre Santa Apolónia (atelier Lisbon Studio) e a Mouraria (voluntário na Associação Renovar a Mouraria).

Como apresenta a cidade a quem não a conhece? O paraíso palpável, ou apalpável (depende das colinas).

Quais os bairros que o visitante não pode deixar de conhecer? O Bairro Alto pela manhã (é calmo e dá para perceber o traçado ortogonal das ruas, que faz lembrar a Génova medieval e porque torna-se feio e insuportável a partir da hora da movida); Alfama pela tarde (porque é abençoada pela luz espelhada pelo Tejo); e a Mouraria a qualquer hora do dia (porque nela habita o Mundo).

Complete as seguintes frases:

Só em Lisboa encontro… o amor sobretudo e sobre tudo.

Um dia perfeito em Lisboa é assim… como descobrir uma sensação nova no corpo.

Não podemos ir embora de Lisboa sem… ter como certo e adquirido que Lisboa nasceu multicultural e assim continua. Não é bem Espanha nem África, é uma charmosa mistura.

Lugares que não podemos deixar de visitar?

Um monumento: A Torre de Belém, obra militar única no mundo.

Um museu /espaço cultural: O Museu da Cidade, para se ter uma ideia da cidade antes do terramoto de 1755, presente na maquete da Lisboa seiscentista.

Um jardim: o jardim da Graça/Mouraria.

Uma vista da cidade: o terraço abandonado do antigo Palácio dos Távora, sede do Grupo Desportivo da Mouraria. Um mimo perdido e de perder de vista.

Os melhores hotéis?  O Palácio Vila Flôr, em Alfama.

Os melhores restaurantes?

De cozinha de autor: Jesus é Goês.

De cozinha portuguesa: Zé da Mouraria. 

De peixe e marisco: Ramiro.

De cozinha do mundo: A Mouradia.

Para petiscar: Os Amigos da Severa.

Para comer fora de horas: Os croquetes do Gambrinus. 

Para apreciar a vista: Ponto Final, em Cacilhas, é ver Lisboa na plenitude.

Os melhores cafés e gelatarias: Café Capri e barraquinhas da Olá.

As paragens obrigatórias na noite? Mouradia, Sport Club do Intendente, Flamingo, Anos Sessenta, As Damas, na Rua Voz do Operário, que se torna discoteca após a meia-noite, Café Largo Intendente.

As melhores moradas para fazer compras?

Moda: todo o Bairro Alto, pelo fim da manhã.

Lojas de produtos portugueses: passear pela Baixa, lojas como a Casa da Borracha…

Gourmet / garrafeiras: Club del Gourmet.

Outras: Feira da Ladra.

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