Tal como outras grandes cidades do mundo, Lisboa fervilha com arte. É símbolo do seu cosmopolitismo e da sua rica história (e da do país de que é capital). Fique a conhecer os melhores museus e galerias de Lisboa.
Da mais antiga à arte contemporânea, são várias as instituições, os artistas e agentes que compõem um mapa diverso e complexo que contribui para a vida cultural dos habitantes e atrai turistas. A abertura do Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT) serviu como mais um dado nessa realidade, a de que Lisboa se torna uma cidade para curtas estadias para um público jovem e criativo, mas o dinamismo criador e artístico de Lisboa não é de hoje.
Quanto à arte de outros tempos, o Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) é uma referência, e no seu edifício imponente com vista para o Tejo percorrerem-se séculos e escolas de arte e contacta-se com obras que são verdadeiros tesouros: os Painéis de São Vicente, de Nuno Gonçalves, a Custódia de Belém, os Biombos de Namban, As Tentações de Santo António, de Hyeronimus Bosch, são apenas alguns entre muitos exemplos. E por falar do MNAA, de uma iniciativa organizada pelo museu se vê que o público e os mecenas se interessam pela arte e cultura do seu país. Graças ao crowdfunding, A Adoração dos Magos, de Domingos Sequeira, conquistou o seu lugar definitivo na coleção do museu.
Também Calouste Gulbenkian legou à cidade um acervo que engloba arte greco-romana, egípcia, manuscritos iluminados, grandes mestres europeus (Rembrandt, Manet, Turner, entre outros) e uma coleção de ourivesaria de René Lalique, entre muitas outras obras que garantem que a sua Fundação seja um lugar de passagem obrigatório para os amantes de arte. Os interessados por manifestações modernas e contemporâneas também lá encontram, na Coleção Moderna, os nomes de referência. E artistas como Amadeo de Souza Cardoso, Almada Negreiros, Abel Manta, Helena Almeida e muitos outros que compõem a teia riquíssima do século XX português têm casa no Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado (MNAC), responsável também por grandes exposições temporárias e retrospectivas dos grandes artistas nacionais modernos e contemporâneos.
Sem o colecionismo e o mecenato, a paisagem museológica de Lisboa seria certamente diferente: do Museu Berardo e a sua rica coleção de arte moderna e contemporânea internacional e nacional, à Casa-Museu Medeiros e Almeida, com um eclético acervo de cerca de 2000 peças, as coleções privadas entretanto partilhadas com o público enriqueceram decididamente a cidade.
As galerias, das mais históricas às mais recentes, asseguram que o trabalho dos artistas portugueses, inclusive dos mais jovens, encontra um espaço para se dar a ver e conhecer, garantindo que novas formas de olhar tomam forma e os discursos sobre o passado, presente e futuro continuam vivos.
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À Volta de Lisboa
No centro de Cascais, num edifício projetado por Eduardo Souto de Moura e que ganhou o prémio SECIL de arquitetura em 2010, a reputada Paula Rego tem uma casa dedicada às suas histórias. Em Sintra, o Mu.Sa (Museu das Artes de Sintra) apresenta um espólio de pintura e escultura que inclui obras de Columbano Bordalo Pinheiro, Alfredo Keil, António Carneiro, entre outros.