É assim na cozinha dos dois restaurantes Pasta Non Basta em Lisboa. Como gostamos de acreditar que seja na cozinha de uma vera famiglia italiana, onde a massa é fresca e em constante produção para encher mais um prato que se coloca à mesa.
No mês de Março o grupo Non Basta anunciou, entre outras novidades, a pasta fresca produzida nos restaurantes. Estava dado o mote para abrir o apetite. Mas havia mais: a promessa de uma carta “mais concentrada e com novos sabores” e a renovação dos espaços. Foi assim com enorme curiosidade que finalmente fizemos a visita ao Pasta Non Basta de Alvalade.
A experiência aconteceu numa terça-feira à noite, onde encontrámos uma casa cheia, a animar a pacata rua de um bairro residencial. A esplanada à entrada não estava convidativa nessa noite fresca, mas ficou imediatamente registada na memória, para usar quando o calor finalmente chegar. O interior, iluminado na dose certa e colorido por cartazes de rua, oferecia o ambiente descontraído de uma típica osteria. Já o atendimento não podia ser mais simpático.
Pasta e…?
Com o menu já nas mãos, chegaram as dificuldades. Anunciava-se que a nova ementa teria menos referências, mas eram ainda suficientes para lançar a indecisão. De um lado os Antipasti a seduzir-nos com as novas Bruschettas – Parma e Burrata (8€), Gorgonzola e Speck (6€), Putanesca (6€) -, de outro as Pizzas, com a novidade da Vegetariana, com courgette, mozarela fiordilatte, provola, tomate cereja e espargos (11€) e por fim os Primi, a exibir as tão desejadas massas frescas e também os risottos, e os Secondi, onde se destacava um frango panado em cereais, acompanhado com grelos, anchovas e malagueta (13€).
Optámos por começar com uma simples burrata com pesto e salada de tomate assado (13€), deliciosa e fresca, perfeita para não esmorecer o apetite para o que se seguia.
Demos então início à prova das massas caseiras, na versão Trofie al Pesto (12€) e Spaghettoni al Tartuffo (15€). A primeira, a massa curta e torcida originária da Ligúria, estava conforme prometia perfeitamente al dente, e surpreendeu-nos com uma cor inesperada, já que o pesto siciliano inclui tomate. Passada a sensação de ter havido engano no pedido, apreciámos o sabor diferente do habitual, com a menor intensidade do manjericão e a graça do crocante da amêndoa torrada. A segunda pasta cumpriu a expetativa do bom casamento desta massa fresca, que é mais robusta, com o aveludado da trufa, do ovo e dos cogumelos frescos.
Para sobremesa, a opção seguiu a linha das escolhas anteriores: um clássico, para melhor estabelecermos comparações. Chegou-nos assim à mesa, retirado à colher de uma generosa travessa, o Tiramisù (5€), bastante cremoso e doce, perfeito para partilhar. Nos copos foram desfilando um guloso Rossini, cocktail feito com prosseco e morango, e um tinto siciliano, de seu nome Zabù, que tivemos todo o prazer em conhecer.
Saímos felizes, com a vontade de voltar com toda a família, para almoços domingueiros na esplanada. E, claro, para abastecer a cozinha lá de casa com pasta fresca, logo que a sua venda (ainda sem data marcada) esteja disponível.
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